terça-feira, maio 06, 2008

Jornal Barlavento

por Hélder Nunes (jornalista e director do Barlavento)

Semana a semana, este conjunto de homens e mulheres, unidos por este símbolo criado há 33 anos, que dá pelo nome de Barlavento e ditam e edificam letra a letra, parágrafo sobre parágrafo no produto que é referência a quem, foi já atribuído pelo clube de jornalistas, o prémio Gazeta para a imprensa regional e que os nossos leitores continuam a colocar como o jornal mais lido no Algarve, nas sondagens efectuadas por empresas credíveis.

Não é norma nesta casa auto elogiar-se. Somos o que somos. Temos uma escola de jornalismo regional que muito nos orgulha e que serve de exemplo para outros mas, a capacidade de criatividade e de intervenção da nossa equipa permite-nos estar no topo das preferências. Não colocamos na cabeça e no cabeçalho do nosso jornal as expressões de “mais lido”, “maior do Algarve” ou outros subtítulos como muitos fazem para mascarar a realidade porque é, por demais, evidente que a qualidade do jornal produzido por toda a equipa barlaventina, pelo reconhecimento dos leitores, pelos anunciantes, das entidades, dos políticos, do povo que nos consome semanalmente.

Permitam-me este auto-elogio na passagem de mais um aniversário deste jornal. Com humildade e reconhecimento justo e merecido ao conjunto de trabalhadores do jornal, que tudo fazem, dia-após-dia para nos mantermos com vivacidade própria de uma criança e irreverência de quem não deseja envelhecer. A idade apenas nos dá o estatuto de maturidade para entendermos que o jornalismo é uma profissão onde se contam os factos e se dá a oportunidade ao confronto das partes. No corpo do jornal há as diferentes secções, entre elas, a de opinião livre. Não se pode confundir as ideias pessoais, a defesa de argumentos estritamente ideológicos com jornalismo.

Esses textos são uma das partes do corpo do jornal para gerar o equilíbrio, para que os leitores encontrem no seu jornal o contraditório. O jornal define-se pelo seu estatuto iveverial, que na maioria dos jornais generalistas é o mais abrangente possível, com base na liberdade e no direito de informar.

Sem fomentar ódios, sem a apologia das divergências que semeiem a segregação. Não é por acaso que o jornal festeja o seu aniversario no dia 26 de Abril.