terça-feira, abril 29, 2008

Mais uma ponte?

por Luís Horta (director do jornal Sotavento)


O passado fim de semana foi rico em acontecimentos que fizeram movimentar a cidade para além do habitual. Bastou para isso, no aproveitamento de um fim de semana prolongado que a Feira da Serra de Primavera, enchesse a baixa da cidade com o colorido das roupas que, um antecipado Verão justifica.

Mas é evidente que nem tudo são rosas neste amontoar de pessoas que afluem à cidade do Gilão: acrescenta-se o corte do trânsito através da ponte do jardim. Quem inventou aquela ponte de forças armadas deveria voltar atrás; por causa da feira cortou-se a ponte do jardim, o que não permite tornear a rua José Pires Padinha ou estacionar está em curso.

O arranjo da rua dos Pelames que cortou o percurso automóvel entre os CTT e o centro de transportes da Bela Fria. Assim, a Praça da República e a Rua da Liberdade estão praticamente isoladas quanto a cargas e descargas. Neste fim de semana e, pelo movimento de visitantes, foi ver e sentir os efeitos das extensas filas nas zonas de possível estacionamento, “entupindo” uma grande parte da cidade e causando a exasperação.

É certo que no dia 25 de Abril foi inaugurado o parque de estacionamento gratuito na Bela Fria com 70 lugares e com boas condições de acessibilidade ao centro. E também é certo que o espaço sobre a ponte D.Manuelino, porque do mercado comportam bastantes viaturas. Também é certo ainda que o lado ocidental da cidade tem espaços públicos que podem ser aproveitados. Mas, para além do arranjo da ponte do jardim, eu insisto com este nome mais bonito. É preciso criar outra ponte e fazer com que a circulação de viaturas e peões tenha fluidez, segurança e proximidade.

Se Tavira pretende ser e é uma cidade de turismo, tem de criar todas as condições e mais uma para que os seus visitantes a percorram com facilidades na existência de suficientes parques para estes e, para as actividades normais de uma cidade que cresceu em dimensão urbana. Esta dimensão obriga ao uso de viatura para aceder ao centro, o coração onde, além dos motivos turísticos se situa toda a sua actividade motora, quer seja pública quer empresarial. É essa melhoria que me foi sugerida pelo intenso movimento deste fim de semana em Tavira.