segunda-feira, abril 14, 2008

Metereologia correcta

por Luís Horta (director do jornal Sotavento)

Na última semana o Algarve, como aliás todo o país, esteve sob temporal que abalou a Península Ibérica. Porque a sua actividade depende do tempo, há sempre gente ansiosa pelas notícias que correspondem à previsão. Notícias e previsões que não surgem com aquele desenvolvimento e com aquela precisão que muitos necessitam e, de que a maior parte não desnenharia.

Por mim, quando quero saber alguma coisa sobre a matéria estabeleço ligação com a TVE e, o primeiro canal dos nossos vizinhos espanhóis, por volta das 21h, dá-nos 5 minutos, pelo menos, de antevisão para os dias seguintes. É pena que os noticiários televisivos portugueses, designadamente a estação pública, não o façam como antigamente. Perder 5 minutos com a metereologia talvez não faça perder telespectadores, talvez aumente o seu número.

Parece que os noticiários são também os grandes barómetros das audiências, que todos querem ganhar, mesmo à custa de uma informação menos cuidada. A nossa memória ainda regista com agrado as intervenções dos técnicos do serviço metereológico de há 30 anos. Ainda tem imagens das autênticas lições dadas por Antimio Azevedo, conhecido como o "explicadinho", Costa Andrade e outros. Os anticiclones, as depressões, as frentes e outros termos eram-nos familiares, a coisa percebia-se.

O cidadão corrente, mesmo sem ter conhecimentos sobre a matéria, ficava elucidado quanto baste, para a sua relação próxima com o mau/bom tempo que viesse a fzer e, quem viajasse, os pescadores ou agricultores, agradeciam o bonús. Era serviço público.

Nesta última semana e em Tavira, como se viu, não chegou a haver problemas graves, ocasionados pelo mau tempo infernoso que se prolongou por vários dias. O nosso Rio Gilão está menos agressivo, bastando que as suas margens não sejam invadidas por detritos. É quanto se deseja. Mas o cidadão gostaria de saber mais sobre o que se passa com o tempo, para além de alertas amarelos, laranjas ou vermelhos que constituem informação difusa e pouco concreta.
Bastaria recuperar os boletins metereológicos feitos com tempo, devagar e bem explicadinhos.

Que acham disto os presentes ouvintes?