sexta-feira, março 30, 2007

A morte de um amigo


por Albino Martins (director do Centro Paroquial de Cachopo)

Cansamo-nos, empenhamo-nos, agitamo-nos, discutimos, angustiamo-nos com a finalidade de obter cada vez mais bem-estar, mais sucesso.

Se considerássemos “a brevidade dos nossos dias”, as coisas por que lutamos com tanto afinco, seriam reduzidas às suas justas dimensões.

Não somos sábios quando procuramos de todos os modos remover o pensamento da morte. Ela é companheira de caminhada, dada a nossa frágil natureza humana.

Ela chegou sem prevenir e atingiu o amigo Álvaro Azinheira do Centro Distrital de Segurança Social de Faro.

Fiquei chocado!

Como amigo sinto que a sua memória jamais se apagará. Ficará sempre vivo em cada Instituição de Solidariedade que apoiou.

Desempenhou causas, generosamente serviu…

Havia sempre uma solução para os problemas que surgiam. Agarrado à legalidade, encontrava sempre a melhor forma de ajudar as Instituições Particulares de Solidariedade Social.

Por isso não estranhei a atitude consternada de sua família, centenas de dirigentes e técnicos de instituições, colegas de profissão e altos dirigentes do Centro Distrital, nas suas exéquias em Olhão.

A partir da amizade e da fé, eu faço um apelo a todos à paz de coração e também à confiança em Deus, para que possamos ir um pouco além das duras circunstâncias que vivemos.

Que os duros golpes com que a vida nos açoita, sirvam para tornar mais fortes os vínculos em que mutuamente nos apoiamos. Que Deus tranquilize o mais possível o nosso coração, conforte sua família e consiga dar tranquilidade à nossa vida.

O Algarve Social perdeu o Álvaro, mas estou certo, ganhou no céu, um Anjo.

NOTA: Os comentários de Albino Martins são emitidos todas as sextas-feiras, às 11 horas, com repetição às 17 e às 23 horas.