Recordar as vítimas de violência doméstica
por Albino Martins (director do Centro Paroquial de Cachopo)
Celebrou-se o Dia Internacional da Mulher e ocorre quase em paralelo a Semana contra a Violência Doméstica, promovida pelos Municípios e Regiões da Europa que debatem esta temática em Congresso.
A violência doméstica, para além de ser um crime punido pelo código penal, é um verdadeiro flagelo social que afecta muitas famílias, com particular incidência nas mulheres e crianças.
Estou atento às conclusões do congresso. Nelas anseio por estratégias de prevenção e intervenção na violência.
Sendo um crime público, deve ser denunciado por qualquer pessoa, desfazendo-se o velho ditado “entre marido e mulher, não se mete a colher”.
A denúncia de terceiros é fundamental, pois muitas vezes o agressor é o único apoio da vítima, ou seja, a mulher está normalmente dependente financeira e psicologicamente do homem que, apesar de agredida, prefere não o denunciar, muitas vezes acreditando ingenuamente que a situação vai mudar.
É bom recordar que a vítima de violência física, psicológica e sexual (os três tipos de violência doméstica) tem hoje ao seu dispor várias ajudas que vão desde as forças de segurança às organizações não governamentais.
Entendo ser chegado o momento de sancionar ainda com mais firmeza a violência de que as mulheres são vítimas. Apoiemo-las com ajuda social, médica e financeira.
Elas bem merecem a solidariedade de toda a comunidade que as envolve.
NOTA: Os comentários de Albino Martins são emitidos todas as sextas-feiras, às 11 horas, com repetição às 17 e às 23 horas.