Regredimos para os anos 50
por José Manuel do Carmo (professor da Universidade do Algarve e membro da Mesa Nacional do Bloco de Esquerda)
Quando as pontes caíram em Portugal, descobriram que a de Tavira, na 125, também estava em perigo. O Instituto das Estradas de Portugal mandou proibir a passagem de pesados por cima da ponte e fazê-los passar por dentro da cidade. Um caos!
Mandou também estabelecer um limite de velocidade de 30Km. O Presidente da Câmara zangou-se e conseguiu convencer o IEP a mudar o limite de velocidade para 70Km. Com que critério é que definiram que deveria ser 30 ou 70? Afinal o limite de 30 ou de 70 é uma questão de disposição.
Mas o tempo passou e arranjar a ponte é que não havia meio. Alguém que explique porque é que o Estado que tem um organismo chamado Instituto das Estradas, cuja função é arranjar as estradas, não arranja a única estrada nacional que passa por aqui. Durante a campanha eleitoral autárquica trouxemos o deputado Francisco Louçã para chamar a atenção para alguns pontos negros deste Concelho.
Quisemos chamar a atenção para o facto da ponte de Tavira sobre a 125 estar a cair e por feliz coincidência, certamente por coincidência, ela começou a ser reparada semanas depois. Agora que a arranjaram está, na prática, na mesma, certamente por azar nosso! O tráfego de pesados continua a atravessar Tavira. Regredimos para os anos 50.
Fez o ano passado 100 anos sobre a inauguração da linha-férrea. Seria motivo de festa, mas com alinha que temos a CP não tem coragem para festejos. A mesma linha há 100 anos. Mas pelo menos, a ponte da linha-férrea não está a cair. Vá lá!
Temos comboios dos anos 50. Andamos à velocidade dos anos 50. De Tavira a Faro a 40 km/hora. Regredimos mesmo para os anos 50. Mas para alguns, Tavira está melhor todos os dias.
Deixe lá, gastamos o dinheiro para ter um dos melhores estádios de futebol.
E você caro leitor. Está confortável com o sentido que o seu voto tem levado? Eu não.
NOTA: Os comentários de José Manuel do Carmo são emitidos todas as quartas-feiras, às 7 horas, com repetição às 13 e às 19 horas.
Quando as pontes caíram em Portugal, descobriram que a de Tavira, na 125, também estava em perigo. O Instituto das Estradas de Portugal mandou proibir a passagem de pesados por cima da ponte e fazê-los passar por dentro da cidade. Um caos!
Mandou também estabelecer um limite de velocidade de 30Km. O Presidente da Câmara zangou-se e conseguiu convencer o IEP a mudar o limite de velocidade para 70Km. Com que critério é que definiram que deveria ser 30 ou 70? Afinal o limite de 30 ou de 70 é uma questão de disposição.
Mas o tempo passou e arranjar a ponte é que não havia meio. Alguém que explique porque é que o Estado que tem um organismo chamado Instituto das Estradas, cuja função é arranjar as estradas, não arranja a única estrada nacional que passa por aqui. Durante a campanha eleitoral autárquica trouxemos o deputado Francisco Louçã para chamar a atenção para alguns pontos negros deste Concelho.
Quisemos chamar a atenção para o facto da ponte de Tavira sobre a 125 estar a cair e por feliz coincidência, certamente por coincidência, ela começou a ser reparada semanas depois. Agora que a arranjaram está, na prática, na mesma, certamente por azar nosso! O tráfego de pesados continua a atravessar Tavira. Regredimos para os anos 50.
Fez o ano passado 100 anos sobre a inauguração da linha-férrea. Seria motivo de festa, mas com alinha que temos a CP não tem coragem para festejos. A mesma linha há 100 anos. Mas pelo menos, a ponte da linha-férrea não está a cair. Vá lá!
Temos comboios dos anos 50. Andamos à velocidade dos anos 50. De Tavira a Faro a 40 km/hora. Regredimos mesmo para os anos 50. Mas para alguns, Tavira está melhor todos os dias.
Deixe lá, gastamos o dinheiro para ter um dos melhores estádios de futebol.
E você caro leitor. Está confortável com o sentido que o seu voto tem levado? Eu não.
NOTA: Os comentários de José Manuel do Carmo são emitidos todas as quartas-feiras, às 7 horas, com repetição às 13 e às 19 horas.