quarta-feira, junho 18, 2008

Scolari

por Carlos Lopes (advogado)

Hoje, um pouco de futebol. Depois da requalificação de Portugal, da contratação de Scolari pelo Chelsea e antes do jogo com a Suíça, permitam-me que fale de Scolari. Quando Scolari chegou a Portugal, todos sabemos o que era a Selecção Nacional: um punhado de jovens talentosos mas uma equipa sem organização, sem colectivo ou vislumbre total; ou por falta de pulso por parte da federação ou por falta de pulso por parte do treinador. O que é certo é que aqueles jovens talentosos não tinham resultados que correspondessem às suas potencialidades.

Com Scolari foi diferente. A selecção atingiu lugares nunca antes alcançados: 2º no Campeonato da Europa de 2004, 4º no Campeonato do Mundo e agora uma carreira bonita neste campeonato da Europa. É obra. De resto, há uma similitude muito grande entre Scolari na selecção e Macário na Câmara de Tavira. Nada se poderá compara com o antes de e nada poderá ser como o antes depois deles.

Incutiram graus de exigência, um dinamismo e um profissionalismo nas suas actividades que, ninguém no seu perfeito juízo, poderá ignorar o seu trabalho sob pena do ridículo. Após eles, a fasquia da exigência tem uma elevação que é preciso pensar bem aceitar a sua substituição. Uma coisa é certa: marca uma página dourada nos seus campos.