quinta-feira, maio 29, 2008

Melhoria nos acessos, para quando?

por Luís Horta (director do Jornal Sotavento)

Até ao último fim de semana o tempo, em todo o país, permaneceu incerto: chuvas, ventos e muito pouco do que nos habituou o mês de Maio. Parecendo querer transpor para o Junho, que já aí vem, esta irregularidade meteorológica fora de tempo. Mas não é do mau tempo que lhes quero falar. Antes do Verão que, pelo calendário, já caminha a passos largos para a sua entrada ao serviço. Serviço que, nesta nossa região, quer dizer oferta turística; oferta que corresponde a praia que, envolve Tavira, Cabanas e Sta. Luzia. Cabanas criou uma frente junto à ria com dimensão de respeito. Da fortaleza às imediações do Almargem, empreendimentos, uns acabados outros em obra e outros em projecto.

A praia tem apenas acesso por barco, mas há quem fale numa ligação pedonal. Sta. Luzia equipara-se em crescimento urbano e surge de cara mais lavada na frente ribeirinha, à mercê da excelente recuperação da sua marginal. Falta saber se as praias da Terra Estreita e Barril, tal como em Cabanas conseguirão suportar tal carga que, vai causando estragos, cuja fragilidade é evidente. Tavira com a sua praia da ilha. Aí, coloca-se muito mais a questão do acesso, ou seja, 4 Águas, a que se juntam outras questões colaterais: onde e como estacionar? Como percorrer uma estrada em muito mau estado, sem bermas para os peões? Onde estão as carreiras rodoviárias suficientes ao longo do dia? Porque não saiu ainda do local, a estância das areias? Porque continuam a esboroar os últimos metros da margem direita do Gilão frente ao Arraial?

Muitos de nós sabemos que tudo isto resulta da diversidade de entidades que têm a ver com a restruturação das 4 Águas e da falta de uma coordenação entre elas. Quando é que o Governo pensa colocar este assunto em agenda? Ou estará à espera que a procura interna ou externa deixe de se interessar pela Ilha de Tavira? Não somos um país tão rico que, possa desperdiçar pérolas turísticas, de excelência, como a nossa ilha. Nem quero pensar se, neste assunto, há razões que a própria razão desconhece.