Que futuro para Cachopo?!
por Albino Martins (director do Centro Paroquial de Cachopo)
Cachopo, freguesia rural do concelho de Tavira, assiste há largos anos ao êxodo da sua população jovem. É um fenómeno comum a todo o interior. Gerações sucessivas deram a estes lugares dinamismos que não se compadecem com a evolução técnica dos dias de hoje.
A sociedade actual criou mecanismos, desenvolveu capacidades, industrializou ofícios tradicionais. As tarefas agrícolas, a produção de bens essenciais à alimentação foram-se tornando coisa rara num país necessitado de produção e emprego onde o desemprego cresce e a importação de bens, mesmo agrícolas, parece aumentar!
Cachopo, e tantas aldeias do Portugal rural, despovoa-se, enquanto a vontade política demora em dar sinais de pretender desenvolver a vida, fixar pessoas, ocupar de novo os cidadãos, planeando a descentralização económica e social, tomando medidas que levem à fixação dos que aqui ainda sonham e, ao mesmo tempo, atrair jovens quadros que possam ser corresponsáveis na revitalização.
É minha firme convicção que, apesar de algum desânimo, se connosco criarem condições de inversão de rumo, somos capazes de orientar uma transformação de Cachopo. Se, pelo contrário, nos deixarmos dominar pela ideia de que a desertificação é inevitável, então perderemos o gosto e a alegria de aqui viver, adiaremos as medidas de curto e médio prazo que se impõem, correndo todos nós o risco de nos vermos confrontados com problemas bem mais sérios no futuro...
Perguntarão que futuro para Cachopo?! Voltarei ao tema em breve!!!
NOTA: Os comentários de Albino Martins são emitidos todas as sextas-feiras, às 11 horas, com repetição às 17 e às 23 horas.
Cachopo, freguesia rural do concelho de Tavira, assiste há largos anos ao êxodo da sua população jovem. É um fenómeno comum a todo o interior. Gerações sucessivas deram a estes lugares dinamismos que não se compadecem com a evolução técnica dos dias de hoje.
A sociedade actual criou mecanismos, desenvolveu capacidades, industrializou ofícios tradicionais. As tarefas agrícolas, a produção de bens essenciais à alimentação foram-se tornando coisa rara num país necessitado de produção e emprego onde o desemprego cresce e a importação de bens, mesmo agrícolas, parece aumentar!
Cachopo, e tantas aldeias do Portugal rural, despovoa-se, enquanto a vontade política demora em dar sinais de pretender desenvolver a vida, fixar pessoas, ocupar de novo os cidadãos, planeando a descentralização económica e social, tomando medidas que levem à fixação dos que aqui ainda sonham e, ao mesmo tempo, atrair jovens quadros que possam ser corresponsáveis na revitalização.
É minha firme convicção que, apesar de algum desânimo, se connosco criarem condições de inversão de rumo, somos capazes de orientar uma transformação de Cachopo. Se, pelo contrário, nos deixarmos dominar pela ideia de que a desertificação é inevitável, então perderemos o gosto e a alegria de aqui viver, adiaremos as medidas de curto e médio prazo que se impõem, correndo todos nós o risco de nos vermos confrontados com problemas bem mais sérios no futuro...
Perguntarão que futuro para Cachopo?! Voltarei ao tema em breve!!!
NOTA: Os comentários de Albino Martins são emitidos todas as sextas-feiras, às 11 horas, com repetição às 17 e às 23 horas.