Falemos de marginais
por Luís de Melo e Horta (director do Jornal do Sotavento)
Falemos de marginais, não daqueles que infelizmente vão proliferando, tanto nos grandes como nos pequenos meios urbanos e que dão uma constante dor de cabeça, para as autoridades e para os cidadãos…
Falemos antes das marginais das três zonas ribeirinhas mais turísticas do concelho. Ou seja, de Santa Luzia, de Cabanas e de Tavira. Notícias recentes dão conta que em santa Luzia, depois das obras de consolidação da muralha, vai nascer uma avenida marginal planeada a preceito, com arborizações, com bancos de jardim, com faixas de rodagem e com estacionamento para os veículos. Uma boa notícia para a vila risonha e florescente que atravessa um momento de grande desenvolvimento!
Também Cabanas, outra vila ribeirinha vai beneficiar de um projecto semelhante com ordenamento e alindamento de todo o espaço adjacente à água. Outra boa notícia, esta para Cabanas!
Contudo, Tavira, a sede do concelho e a sua marginal, a das Quatro Águas, continuam a ver navios, quanto aquilo que todos desejam, incluindo o município, para se melhorar o percurso da cidade até às Quatro Águas. Não se pode melhorar o piso, alargar, fazer uma faixa para peões ou arborizá-la?! Será o Parque da Ria Formosa a impedir?! Serão outras razões?!
Bem gostariam decerto os tavirenses de ver uma estrada das Quatro Águas com uma cara lavada, sem areia, mais bonita e mais funcional!
É o terceiro projecto de melhoria das marginais de que estamos à espera, sabido que o município também aposta nessa ideia e nessa vontade. Porque será que até agora não foi possível vir ao de cima este terceiro projecto?! Fica-nos a dúvida!
NOTA: Os comentários de Luís de Melo e Horta são emitidos todas as segundas-feiras, às 9 horas, com repetição às 15 e às 21 horas.
A alcunhada "obra de reforço da muralha" trataou-se de uma das maiores obras públicas executdas no concelho de Tavira no últimos anos, vindo ainda do último Governo de António Guterres!
Da responsabilidade da câmara municipal de Tavira, a obra que agora é novamente anunciada já leva cinco ou seis anos de atraso, pois o seu arranque está previsto para coincidir com a conclusão da outra. Pelo vistos, ainda não é este ano que a Santa vai ao mar ver a avenida nova!