sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Voluntariado na Acção Social


por Albino Martins (director do Centro Paroquial de Cachopo)

A Cáritas Diocesana do Algarve, organiza no próximo sábado as VI Jornadas de Acção Social, este ano sobre o Voluntariado.

Aproveito a Rádio Gilão e todo o seu auditório para dar o meu contributo no despertar para a necessária adopção de medidas.

1 - A Acção Social, entendida em sentido lato, abrange a actuação do Estado e seus organismos, bem como a de outras entidades, sobretudo das organizações sem fins lucrativos.

Dentro dela são indispensáveis três pilares: o Voluntariado; as Instituições públicas e particulares; e os centros de decisão política.

Relativamente ao voluntariado, justifica especial referência o de proximidade, em cooperação regular com instituições locais, públicas e particulares (onde também pode haver trabalho voluntário); e os centros de decisão política.

2 - Os grupos de voluntariado social de proximidade em cada freguesia, e em cada um dos seus bairros, aldeias ou agregados populacionais de outro tipo, permite o conhecimento imediato de cada situação de carência e a cooperação na procura das soluções necessárias.

Mais concretamente, podem assegurar: o conhecimento directo de cada situação de carência; a prestação de ajuda possível; a mediação junto de entidades competentes para a solução dos problemas; e o acompanhamento de cada caso social até à respectiva solução. Os tipos de grupos podem variar naturalmente: desde conferências vicentinas e grupos de acção social ou de voluntariado, com motivação religiosa, laica ou mista.

3 - Estes grupos não se caracterizam pela capacidade de resposta às situações de carência, mas sim pela cooperação solidária com quem as vive, e pela articulação com as instituições que dispõem das competências para as soluções necessárias.

Tal articulação deverá ser regular e não meramente pontual, sob pena de não se aproveitarem os meios de resposta disponíveis. Contrariamente a uma tradição bastante arreigada, os grupos de voluntariado social de proximidade deveriam fazer um tratamento, ainda que mínimo, dos dados relativos à sua actividade.

Tais dados visam três objectivos fundamentais: a análise periódica do trabalho realizado; a apreciação dos problemas sociais juntamente com outras entidades, visando as soluções possíveis; e a intervenção que seja necessária, junto dos centros de decisão política, através dos canais apropriados.

NOTA: Os comentários de Albino Martins são emitidos todas as sextas-feiras, às 11 horas, com repetição às 17 e às 23 horas.