Capitais da Cultura
por Carlos Lopes (advogado, benfiquista e animador cultural)
O governo deliberou acabar com as capitais da cultura. Na linha de Rui Rio, o governo acha que tal é um desperdício, sem retorno. O governo age bem. O governo é que sabe. Aliás, o governo sabe-a toda.
Acompanhei a Faro Capital da Cultura de forma mais próxima, por dois motivos. O primeiro tem a ver com a proximidade, passou-se na minha região; o segundo tem a ver com o presidente da Missão, que conheço. Se o primeiro me permitiu um acompanhamento próximo dos eventos; o segundo não impede uma posição crítica aos mesmos.
No que respeita aos eventos, o Algarve assistiu a concertos, exposições, festivais, e espectáculos que não poderia ter se não tivesse tido a sorte de ter sido escolhido para capital da Cultura. As publicações que se fizeram, foram o que de mais perene deixou a capital da Cultura. Dizer que não deixou nem fez público, é uma crítica ignorante e estúpida. Em primeiro lugar porque num ano não se fazem públicos. O público é o produto de formação e educação de gerações. Em segundo lugar, não pode ser o único e exclusivo fim da Capital da Cultura. Mas fica-se indiferente quando se ouve a orquestra de Londres, se assiste a Teatro em Querença, ou à mostra de cinema do Mediterrâneo?
Com a burocracia a Faro Capital da Cultura arrancou com três meses de atraso. Mais: o “comissário” foi substituído a poucos meses do fim do ano de 2004, quando, qualquer pessoa sabe, o agendamento de concertos deve começar com, às vezes, anos de antecedência.
Sujeito às normas públicas orçamentais, as decisões levavam a semanas ou meses para ser desbloqueadas. Um pandemónio.
Nota - Uma vez, fez-se uma conferência de Imprensa em Nova Iorque a anunciar uma exposição que se realizaria daí a três anos!!!
NOTA: Os comentários de Carlos Lopes são emitidos todas as segundas-feiras, às 11 horas, com repetição às 17 e às 23 horas.
O governo deliberou acabar com as capitais da cultura. Na linha de Rui Rio, o governo acha que tal é um desperdício, sem retorno. O governo age bem. O governo é que sabe. Aliás, o governo sabe-a toda.
Acompanhei a Faro Capital da Cultura de forma mais próxima, por dois motivos. O primeiro tem a ver com a proximidade, passou-se na minha região; o segundo tem a ver com o presidente da Missão, que conheço. Se o primeiro me permitiu um acompanhamento próximo dos eventos; o segundo não impede uma posição crítica aos mesmos.
No que respeita aos eventos, o Algarve assistiu a concertos, exposições, festivais, e espectáculos que não poderia ter se não tivesse tido a sorte de ter sido escolhido para capital da Cultura. As publicações que se fizeram, foram o que de mais perene deixou a capital da Cultura. Dizer que não deixou nem fez público, é uma crítica ignorante e estúpida. Em primeiro lugar porque num ano não se fazem públicos. O público é o produto de formação e educação de gerações. Em segundo lugar, não pode ser o único e exclusivo fim da Capital da Cultura. Mas fica-se indiferente quando se ouve a orquestra de Londres, se assiste a Teatro em Querença, ou à mostra de cinema do Mediterrâneo?
Com a burocracia a Faro Capital da Cultura arrancou com três meses de atraso. Mais: o “comissário” foi substituído a poucos meses do fim do ano de 2004, quando, qualquer pessoa sabe, o agendamento de concertos deve começar com, às vezes, anos de antecedência.
Sujeito às normas públicas orçamentais, as decisões levavam a semanas ou meses para ser desbloqueadas. Um pandemónio.
Nota - Uma vez, fez-se uma conferência de Imprensa em Nova Iorque a anunciar uma exposição que se realizaria daí a três anos!!!
NOTA: Os comentários de Carlos Lopes são emitidos todas as segundas-feiras, às 11 horas, com repetição às 17 e às 23 horas.