Crónica 16
por José Mateus (consultor de comunicação e autor do blogue CLARO)
Pela 1ª vez, em Democracia, um Governo corta na Despesa... O Estado aperta o cinto. Coisa inédita, nunca vista...
Até aqui eram só os privados, sobretudo quem ganha a vida com o seu salário, a pagar as favas e a apertar o cinto.
Todos os governos dos últimos 30 anos nos habituaram a isso... Quando não tinham dinheiro para as suas extravagâncias, a gente pagava. Aumentavam os impostos, aumentavam a despesa do estado e a gente pagava e... apertava o cinto.
Finalmente, parece que o Estado também vai apertar o cinto... entrar de dieta...
É justo! Quando há dificuldades têm de ser para todos! Têm de ser repartidas. É justo!
Com o apertar do cinto do Estado, não serão necessários orçamentos rectificativos, a despesa pública, que crescia todos os anos como uma louca, começa - mas começa apenas - a ser contida e talvez daqui a 2 ou 3 anos Portugal comece a ser um país como os outros, como a Espanha, por exemplo.
E por falar de Espanha... é perciso dizer que o que Sócrates e o seu governo estão a fazer à economia portuguesa é exactamente o tratamento que Felipe Gonzalez deu a Espanha, com os óptimos resultados conhecidos... E que ninguém, nem Mário Soares, nem Cavaco, nem Guterres, quando podiam tiveram a coragem de dar a Portugal.
Duas notas ainda:
- O porta-voz do PS, Vitalino Canas, mostrou como as manifestações contra a política do Governo usam e abusam dos autocarros das câmaras comunistas... uma grande orquestração. É uma tentativa de regresso ao P.R.E.C., ao Verão de 75. Falhada, certamente.
- O ministro Manuel Pinho precisa urgentemente de ir descansar... Teve um "vipe" e decretou o fim da crise económica, tirando o tapete ao Governo e a Sócrates... Como se as crises encerrassem por decretos de Pinhos... Nem a propósito, hoje Medina Carreira faz da crise um diagnóstico arrepiante e diz: "O mais grave problema que enfrentamos hoje é o do Estado: não se sustenta com a economia que temos e outra é irrealizável em tempo útil. Resta repensálo e reorganizá-lo". É o que Sócrates se propõe fazer. Se conseguirá ou não, veremos... oxalá!
NOTA: Os comentários de José Mateus são emitidos todas as terças-feiras, às 11 horas, com repetição às 17 e às 23 horas.
Pela 1ª vez, em Democracia, um Governo corta na Despesa... O Estado aperta o cinto. Coisa inédita, nunca vista...
Até aqui eram só os privados, sobretudo quem ganha a vida com o seu salário, a pagar as favas e a apertar o cinto.
Todos os governos dos últimos 30 anos nos habituaram a isso... Quando não tinham dinheiro para as suas extravagâncias, a gente pagava. Aumentavam os impostos, aumentavam a despesa do estado e a gente pagava e... apertava o cinto.
Finalmente, parece que o Estado também vai apertar o cinto... entrar de dieta...
É justo! Quando há dificuldades têm de ser para todos! Têm de ser repartidas. É justo!
Com o apertar do cinto do Estado, não serão necessários orçamentos rectificativos, a despesa pública, que crescia todos os anos como uma louca, começa - mas começa apenas - a ser contida e talvez daqui a 2 ou 3 anos Portugal comece a ser um país como os outros, como a Espanha, por exemplo.
E por falar de Espanha... é perciso dizer que o que Sócrates e o seu governo estão a fazer à economia portuguesa é exactamente o tratamento que Felipe Gonzalez deu a Espanha, com os óptimos resultados conhecidos... E que ninguém, nem Mário Soares, nem Cavaco, nem Guterres, quando podiam tiveram a coragem de dar a Portugal.
Duas notas ainda:
- O porta-voz do PS, Vitalino Canas, mostrou como as manifestações contra a política do Governo usam e abusam dos autocarros das câmaras comunistas... uma grande orquestração. É uma tentativa de regresso ao P.R.E.C., ao Verão de 75. Falhada, certamente.
- O ministro Manuel Pinho precisa urgentemente de ir descansar... Teve um "vipe" e decretou o fim da crise económica, tirando o tapete ao Governo e a Sócrates... Como se as crises encerrassem por decretos de Pinhos... Nem a propósito, hoje Medina Carreira faz da crise um diagnóstico arrepiante e diz: "O mais grave problema que enfrentamos hoje é o do Estado: não se sustenta com a economia que temos e outra é irrealizável em tempo útil. Resta repensálo e reorganizá-lo". É o que Sócrates se propõe fazer. Se conseguirá ou não, veremos... oxalá!
NOTA: Os comentários de José Mateus são emitidos todas as terças-feiras, às 11 horas, com repetição às 17 e às 23 horas.