Erradicação da Pobreza
por Albino Martins (director do Centro Paroquial de Cachopo)
O Dia Internacional para a Erradicação da pobreza que ocorreu a 17 de Outubro é uma iniciativa criada por um padre católico em 1987 e que foi assumido pelas Nações Unidas em 1992.
A pobreza é um flagelo contra o qual a humanidade tem de lutar até à exaustão.
Hoje todos somos chamados a uma solidariedade cada vez maior para que nenhum cidadão seja excluído.
Neste sentido, cerca de vinte mil pessoas subscreveram uma petição contra a pobreza, entregue na Assembleia da República pela Comissão Nacional Justiça e Paz.
Os promotores desta iniciativa entendem que a pobreza “constitui uma grave negação dos Direitos Humanos fundamentais e das condições necessárias ao exercício da cidadania, situação que reputam eticamente condenável, politicamente inaceitável e cientificamente injustificável”.
Solicitam assim à Assembleia da República que estabeleça um limiar oficial de pobreza, em função do nível de rendimento nacional e das condições de vida padrão da nossa sociedade, “que sirva de referência obrigatória à definição e à avaliação das políticas públicas de erradicação da pobreza, bem como à fixação de prestações sociais”.
Segundo dados do Eurostat, no ano de 2005, a taxa de pobreza atingiu 20% da população portuguesa – 1 em cada 5 portugueses. Entre as populações mais vulneráveis, encontram-se a infantil e a idosa. Números que encerram “dramas pessoais e familiares”, reveladores do muito por fazer para a concretização do objectivo de erradicar a pobreza.
Passado o dia comemorativo há que passar do discurso à prática. Tomemos consciência de que os problemas da pobreza e exclusão social dizem respeito a todos nós.
NOTA: Os comentários de Albino Martins são emitidos todas as sextas-feiras, às 9,30 horas, com repetição às 15 e às 21 horas.