Negócio da China
por Sónia Margarida Tomás (especialista em turismo e directora-executiva da Associação Sotavento Algarvio)
Já lá vai o tempo em que se instalavam entre nós de uma forma discreta, abrindo um restaurante chinês aqui e acolá. Convidavam-nos a apreciar e a conhecer a sua gastronomia e a sua cultura.
No entanto, de algum tempo a esta parte, a agressividade com que se têm vindo a implementar entre nós, é bem maior.
Atrás dos restaurantes vieram as lojas de vestuário, supermercados, armazéns de revenda e outras, que se vão multiplicando como cogumelos e que estão a deixar os nossos comerciantes de olhos em bico.
O Algarve não escapou a esta invasão e há concelhos que já parecem a Chinatown de Nova Iorque…
São lojas onde se vende de tudo um pouco, desde baterias para telemóveis e escovas de dentes eléctricas até roupa e calçado, produtos de limpeza, perfumes e tudo mais que a imaginação permita.
Os empregados são chineses e raros são os que falam português. Mas nesta linguagem universal que é a do comércio eles entendem-se na perfeição.
Já me questionei porque terão deixado tudo para trás, abandonando os seus familiares, a sua cultura e os seus hábitos tão diferentes dos nossos.
Há quem diga que Portugal só atrai este tipo de imigrantes porque tem as fronteiras abertas...
O que é um facto é que, apesar de não se integrarem de todo na nossa sociedade, por não entenderem a nossa língua nem o nosso modo de vida, a comunidade chinesa em Portugal é cada vez maior.
Atravessam continentes e instalam-se no nosso país em busca de uma vida melhor.
Trabalham de sol a sol para manter o negócio. Praticam preços irrisoriamente baixos e funcionam na base da economia familiar. Estes são os condimentos para o sucesso dos seus negócios.
Por cá os sinais de desconforto em relação ao comércio e aos produtos chineses já se começaram a sentir.
Acusam-nos de contribuírem para o esgotamento do comércio e da indústria nacional, para o desemprego e ainda de concorrência desleal.
Os chineses por seu lado dizem que a culpa talvez seja da liberalização do comércio e que este é um problema que os governos têm que resolver entre si.
Entretanto continuam a fazer os seus negócios e ainda dizem que empregam cerca de 5 mil portugueses nas suas lojas e armazéns…
Uma questão se coloca. Até quando ficaremos a assistir impunes ao triunfo dos chineses?
NOTA: Os comentários de Sónia Margarida Tomás são emitidos todas as quartas-feiras, às 11 horas, com repetição às 17 e às 23 horas.
Já lá vai o tempo em que se instalavam entre nós de uma forma discreta, abrindo um restaurante chinês aqui e acolá. Convidavam-nos a apreciar e a conhecer a sua gastronomia e a sua cultura.
No entanto, de algum tempo a esta parte, a agressividade com que se têm vindo a implementar entre nós, é bem maior.
Atrás dos restaurantes vieram as lojas de vestuário, supermercados, armazéns de revenda e outras, que se vão multiplicando como cogumelos e que estão a deixar os nossos comerciantes de olhos em bico.
O Algarve não escapou a esta invasão e há concelhos que já parecem a Chinatown de Nova Iorque…
São lojas onde se vende de tudo um pouco, desde baterias para telemóveis e escovas de dentes eléctricas até roupa e calçado, produtos de limpeza, perfumes e tudo mais que a imaginação permita.
Os empregados são chineses e raros são os que falam português. Mas nesta linguagem universal que é a do comércio eles entendem-se na perfeição.
Já me questionei porque terão deixado tudo para trás, abandonando os seus familiares, a sua cultura e os seus hábitos tão diferentes dos nossos.
Há quem diga que Portugal só atrai este tipo de imigrantes porque tem as fronteiras abertas...
O que é um facto é que, apesar de não se integrarem de todo na nossa sociedade, por não entenderem a nossa língua nem o nosso modo de vida, a comunidade chinesa em Portugal é cada vez maior.
Atravessam continentes e instalam-se no nosso país em busca de uma vida melhor.
Trabalham de sol a sol para manter o negócio. Praticam preços irrisoriamente baixos e funcionam na base da economia familiar. Estes são os condimentos para o sucesso dos seus negócios.
Por cá os sinais de desconforto em relação ao comércio e aos produtos chineses já se começaram a sentir.
Acusam-nos de contribuírem para o esgotamento do comércio e da indústria nacional, para o desemprego e ainda de concorrência desleal.
Os chineses por seu lado dizem que a culpa talvez seja da liberalização do comércio e que este é um problema que os governos têm que resolver entre si.
Entretanto continuam a fazer os seus negócios e ainda dizem que empregam cerca de 5 mil portugueses nas suas lojas e armazéns…
Uma questão se coloca. Até quando ficaremos a assistir impunes ao triunfo dos chineses?
NOTA: Os comentários de Sónia Margarida Tomás são emitidos todas as quartas-feiras, às 11 horas, com repetição às 17 e às 23 horas.