Marcha pelo Emprego
por José Manuel do Carmo (professor da Universidade do Algarve e membro da Mesa Nacional do Bloco de Esquerda)
Há muitas maneiras de passar o fim-de-semana. Eu, no passado fim-de-semana participei na parte final da Marcha pelo Emprego promovida pelo Bloco de Esquerda num desfile com centenas de pessoas entre a Amadora e Lisboa a que se juntou a coluna vinda da Margem Sul do Tejo e que terminou na Estufa-Fria, completamente lotada por mais de oitocentos participantes.
Afinal, o que levou mais de um milhar de pessoas numa iniciativa inédita em Portugal a percorrerem, ao longo de 17 dias, 300 quilómetros e muitas outras a participarem em 50 sessões públicas, nas principais cidades e vilas do litoral, onde se concentra a população… e o desemprego?
A Marcha promovida pelo Bloco de Esquerda colocou no centro das atenções o problema do desemprego, da precariedade do trabalho e da pobreza, como questões fundamentais da nossa sociedade. Os desempregados oficiais são cerca de 500 mil, meio milhão, mas este número não é verdadeiro. O Governo recusa-se a divulgar quantos são verdadeiramente os desempregados em Portugal.
Os empresários do “Compromisso Portugal”, o grupo que esteve na base da candidatura de Cavaco Silva a presidente, são parte dos responsáveis pelos 200 mil despedimentos nos últimos anos em Portugal. Eles têm grandes ideias para o País, mas nas suas empresas há 80 por cento de trabalhadores com contratos a prazo! . Também o governo Sócrates é o “patrão” que mais despede em Portugal com os cerca de 80 mil trabalhadores da função pública colocados no quadro de excedentários, a liquidação da Gestnave e a venda da Portugal Telecom (PT) , que implicará o despedimento de três mil trabalhadores e a compra do BPI pelo BCP, que implicou quatro mil despedimentos.
A informação que diariamente nos entra pelos olhos e ouvidos descreve um país que não é este. Deixemo-nos de futebóis! O desemprego é a miséria para muitos milhares de portugueses e contra ela é preciso lutar.
NOTA: Os comentários de José Manuel do Carmo são emitidos todas as quartas-feiras, às 7 horas, com repetição às 13 e às 19 horas.
Há muitas maneiras de passar o fim-de-semana. Eu, no passado fim-de-semana participei na parte final da Marcha pelo Emprego promovida pelo Bloco de Esquerda num desfile com centenas de pessoas entre a Amadora e Lisboa a que se juntou a coluna vinda da Margem Sul do Tejo e que terminou na Estufa-Fria, completamente lotada por mais de oitocentos participantes.
Afinal, o que levou mais de um milhar de pessoas numa iniciativa inédita em Portugal a percorrerem, ao longo de 17 dias, 300 quilómetros e muitas outras a participarem em 50 sessões públicas, nas principais cidades e vilas do litoral, onde se concentra a população… e o desemprego?
A Marcha promovida pelo Bloco de Esquerda colocou no centro das atenções o problema do desemprego, da precariedade do trabalho e da pobreza, como questões fundamentais da nossa sociedade. Os desempregados oficiais são cerca de 500 mil, meio milhão, mas este número não é verdadeiro. O Governo recusa-se a divulgar quantos são verdadeiramente os desempregados em Portugal.
Os empresários do “Compromisso Portugal”, o grupo que esteve na base da candidatura de Cavaco Silva a presidente, são parte dos responsáveis pelos 200 mil despedimentos nos últimos anos em Portugal. Eles têm grandes ideias para o País, mas nas suas empresas há 80 por cento de trabalhadores com contratos a prazo! . Também o governo Sócrates é o “patrão” que mais despede em Portugal com os cerca de 80 mil trabalhadores da função pública colocados no quadro de excedentários, a liquidação da Gestnave e a venda da Portugal Telecom (PT) , que implicará o despedimento de três mil trabalhadores e a compra do BPI pelo BCP, que implicou quatro mil despedimentos.
A informação que diariamente nos entra pelos olhos e ouvidos descreve um país que não é este. Deixemo-nos de futebóis! O desemprego é a miséria para muitos milhares de portugueses e contra ela é preciso lutar.
NOTA: Os comentários de José Manuel do Carmo são emitidos todas as quartas-feiras, às 7 horas, com repetição às 13 e às 19 horas.