E as pessoas?
por Hélder Nunes (jornalista e director do Barlavento)
O Governo de José Sócrates entrou na via da economia de mercearia, esqueceu Guterres, que colocava as pessoas em primeiro lugar, esqueceu a filosofia do socialismo e está preocupado em agradar a Bruxelas com um défice de 4,6 ou 3 vírgula qualquer coisa ou 5, esquecendo que a França e a Alemanha se estão nas tintas para tais preceitos.
Portugal tem um verdadeiro défice – o de esquecer que existem pessoas. Porque razão há a tendência de sacrificar as pessoas, acabando com as maternidades, querendo aplicar-lhes taxas moderadoras, fechando escolas e tudo o mais que se possa imaginar e onde haja, de preferência, pessoas?
Porque razão não se levam as crianças do litoral para as escolas do interior? Haverá, certamente locais com condições para dar aulas e os alunos do litoral talvez gostassem de conhecer o interior, de conviver com novas realidades. Quem sabe se tal medida não permitiria o repovoamento daquelas terras?
O despovoamento do interior faz-se lentamente. Não é só pelo facto de se retirar duas ou três crianças para o litoral, fechando uma escola, que isso acontece. No futuro, os pais querem estar mais próximos dos filhos e na primeira oportunidade aí vão eles de abalada.
Este Governo não é sensível às pessoas, apenas está preocupado com o défice, mas faz asneiras, como as festas do PortugalSummer, de jantares pagos por ministros e muitos outras coisas.
Há que ter coragem de nos assumirmos como país pobre, na cauda da Europa e que deve lutar, com os seus meios, para ganhar estatuto. Nem tudo o que vem da Europa nos serve!
NOTA: Os comentários de Hélder Nunes são emitidos todas as quintas-feiras, às 9 horas, com repetição às 15 e às 21 horas.
O Governo de José Sócrates entrou na via da economia de mercearia, esqueceu Guterres, que colocava as pessoas em primeiro lugar, esqueceu a filosofia do socialismo e está preocupado em agradar a Bruxelas com um défice de 4,6 ou 3 vírgula qualquer coisa ou 5, esquecendo que a França e a Alemanha se estão nas tintas para tais preceitos.
Portugal tem um verdadeiro défice – o de esquecer que existem pessoas. Porque razão há a tendência de sacrificar as pessoas, acabando com as maternidades, querendo aplicar-lhes taxas moderadoras, fechando escolas e tudo o mais que se possa imaginar e onde haja, de preferência, pessoas?
Porque razão não se levam as crianças do litoral para as escolas do interior? Haverá, certamente locais com condições para dar aulas e os alunos do litoral talvez gostassem de conhecer o interior, de conviver com novas realidades. Quem sabe se tal medida não permitiria o repovoamento daquelas terras?
O despovoamento do interior faz-se lentamente. Não é só pelo facto de se retirar duas ou três crianças para o litoral, fechando uma escola, que isso acontece. No futuro, os pais querem estar mais próximos dos filhos e na primeira oportunidade aí vão eles de abalada.
Este Governo não é sensível às pessoas, apenas está preocupado com o défice, mas faz asneiras, como as festas do PortugalSummer, de jantares pagos por ministros e muitos outras coisas.
Há que ter coragem de nos assumirmos como país pobre, na cauda da Europa e que deve lutar, com os seus meios, para ganhar estatuto. Nem tudo o que vem da Europa nos serve!
NOTA: Os comentários de Hélder Nunes são emitidos todas as quintas-feiras, às 9 horas, com repetição às 15 e às 21 horas.